23/06/2005

Dia 19, 13:54

Houve um poeta que escreveu: "Pois para mim é óbvio que se trata de marginalizados, não apenas de mendigos; não, de facto não são nenhuns mendigos, é preciso fazer distinções. São lixo, cascas de pessoas que o destino expeliu."
Outro poeta acrescentou: "Tocamo-nos todos como as árvores de uma floresta no interior da terra. Somos um reflexo dos mortos, o mundo não é real. Para poder com isto e não morrer de espanto - as palavras, palavras.
E agora o que me resta escrever quando tenho a mão virada do avesso?
Sandro William Junqueira, "Caderno do algoz", in "No Céu não há Limões", inédito, 2005

5 comentários:

Anónimo disse...

Este Escritor promete ir longe.
Gostei do texto anterior, mas este é muito mais insinuoso.
Para quando a publicação dos inéditos?

Anónimo disse...

Admirável mundo novo...O teu.
Feliz encontro, Sandro!
Um abraço

Anónimo disse...

Definitivamente, não! Não marginalizado o paladino da
palavra, o absurdo autor.
E retiro-me.

Anónimo disse...

Poesia, Sandro, é o que deves continuar a escrever, porque é o que melhor sabes fazer.

Anónimo disse...

obrigada, a sensitiva escrita do Sandro promete muito, muito mais.
estejam atentos e verão...a pouco e pouco, descortinaremos o véu.