07/05/2006

Recorte

Silhuetas recortadas
em contraluz
quando a aurora preguiçosa
se debate ainda
num adeus à Lua
e o Sol tremeluz
rompendo a bruma
que no mar se esbate.

Silhuetas,
em cada uma
nervos, músculo, coração,
mão puxando a rede
que o labor encheu.

recortado,
um homem cabe inteiro
nas nuvens do céu.
Glória Maria Marreiros, in "Algarve, a gente e o mar".

7 comentários:

Anónimo disse...

Oh, minha querida Amiga Glória!
Que saudades ... Há tempo que não a víamos pelo Palácio das Varandas e a sua presença é um bem mais do que necessário.
Não leve, por favor, tanto tempo sem publicar textos ou poemas seus.
Um beijo.

Unknown disse...

excelente... este poema da tiGóia...

faz.nos sentir os trabalhos e os cansaços da faina...

um beijo de mar tia Góia....

Um beijo de sal à restante tripulação

Anónimo disse...

obrigada pelo beijo, Ailéh!

a propósito - sabes que parte da nossa tripulação oscila entre um sonhoasul e um sonhoazul? - sabes o que poderão as sereias fazer a estes marinheiros de água doce?

e outro para ti...

Anónimo disse...

em nome da Queen Glory, o Palácio das Varandas agradece-lhe, Margarida, e promete que a Glória tronar-se-á muito mais presente...

um beijo

Anónimo disse...

tornar-se-á, desculpe!
é o que dão as pressas...

Jorge Cardoso disse...

Sereias? Julguei que eram Tágides. Nem reparei que não há Tágides a sul. Apenas aqui mesmo ao meu lado, no Tejo. Então por Vossos Reinos dos Algarves, o que serão? Arágides?
Sugcrasis

Anónimo disse...

boa, boa, sugcrasis!
gostei das ARÁGIDES. merece um texto. que tal fazê-lo a quatro mãos?
aceita o desafio? vá! comece... faça-o no sugcrasis ... eu respondo-lhe no Palácio.