Com algum atraso devido
a problemas logísticos só agora é possível publicar a reportagem da tertúlia “Café
com livros” de 23 de Janeiro, p.p., realizada, mais uma vez, no auditório do Museu de
Leiria.
Já as Trêstúlias estavam em seus lugares para dar início à sessão e fazer a apresentação do convidado, mas este ainda não se encontrava na sala. Estaria atrasado? Não! Inesperadamente, fazendo jus à sua veia teatral, David Teles surge de uma porta lateral, mesmo ao lado das Trêstúlias e em frente da assistência, mas não como David-Teles-ele-mesmo, mas no papel de Senhor Simplício, Poeta-Filósofo… e que insiste em ler as rimas que foi escrevendo ao longo da vida no grande livro da sua contabilidade poética.
Agora já como David-Teles-ele-mesmo, e sentado entre as Trêstúlias, é o momento para Cristina Barbosa fazer a sua apresentação:
Já as Trêstúlias estavam em seus lugares para dar início à sessão e fazer a apresentação do convidado, mas este ainda não se encontrava na sala. Estaria atrasado? Não! Inesperadamente, fazendo jus à sua veia teatral, David Teles surge de uma porta lateral, mesmo ao lado das Trêstúlias e em frente da assistência, mas não como David-Teles-ele-mesmo, mas no papel de Senhor Simplício, Poeta-Filósofo… e que insiste em ler as rimas que foi escrevendo ao longo da vida no grande livro da sua contabilidade poética.
As Trêstúlias com David Teles: Rosa Neves, Cristina Barbosa e Lídia Raquel
Agora já como David-Teles-ele-mesmo, e sentado entre as Trêstúlias, é o momento para Cristina Barbosa fazer a sua apresentação:
David Teles Ferreira
nasceu em Coimbra em 1962 e vive em Leiria onde exerceu a profissão de Delegado de
Informação Médica, até ficar desempregado em 2013. Ainda em Coimbra, cantou no Coral
do Ateneu de Coimbra e colaborou com a Cooperativa Bonifrates.
Fez parte desde 1994 a
2007 da Comissão Organizadora do Festival “Música em Leiria”, uma realização do Orfeão
de Leiria, instituição em que integrou a Direcção como Director para a Animação
Cultural durante dois mandatos, e com a qual reatou a colaboração após vários
anos de afastamento.
Faz parte do Te-Ato, Grupo de Teatro de Leiria, onde se estreou como actor em 1998 na peça “Pretextos Teatrais”, de Jaime Salazar Sampaio, encenada por João Lázaro. E onde ao longo dos anos fez também produção de espectáculos, apoio técnico e animação de rua, bem como sessões de poesia.
Ocasionalmente diz poesia em tertúlias e lançamento de livros.
Escreve desde a adolescência: «assumindo a terra» é o primeiro livro que publica (Editorial Diferença, Leiria, 1999) seguido de «as encostas voltadas a norte» / «o mar nos teus olhos» em co-autoria com o pintor Jorge Melo (Som da Tinta, Ourém, 2002).
Organizou em 1999 a colectânea «Juntos por Loro Sae», um conjunto de poemas e desenhos de autores leirienses em solidariedade com Timor.
Colaborou com o semanário «Jornal das Cortes» onde durante alguns anos assinou a crónica "Vemos, ouvimos e lemos".
Publica desde o início de 2015 o blogue http://escritadebolso.blogspot.pt/
Lídia Raquel deu ínicio à leitura de textos de David Teles lendo "Mulheres", publicado no seu blogue "Escrita de Bolso", em 14 de Dezembro de 2015:
"Cresci
rodeado de mulheres. Todas elas dotadas de enorme força, cada uma à sua
maneira. Cada uma delas admirável pela sua postura nos períodos mais difíceis.
Não vou nomear nenhuma, mas todas moram no meu coração. Não esqueço nenhuma
delas nem os ensinamentos e exemplos que me deram. Não esqueço como, a que
parecendo frágil, resistiu à prisão e à dor da doença que a vitimou. Não
esqueço as que me ensinaram o poder do sonho. As de resposta pronta. As que me
mostraram o que é a coragem. A resistência. Que todas me transmitiram valores
importantes. Essenciais. Como a integridade. A lealdade. A solidariedade.
Cresci com elas. Em todos os sentidos. E todas elas vivem, mesmo as que já
partiram, em mim."
Do mesmo blogue Lídia Raquel leu ainda "Empreendedorismo",
publicado em 2 de Novembro de 2015:
"Dei por mim
a achar que sou um empreendedor. Pelo menos já a minha tia Laurentina dizia
quando eu era rapaz, Filho, não empreendas tanto, És mesmo de ideias fixas,
Sempre a empreender, sempre a empreender em tudo, Não penses tanto, Ainda dás
em maluquinho. E eu sempre na lua a cismar. A matutar. A cogitar. Sempre a
analisar tudo uma e outra vez. Sempre a empreender nos meus problemas, como ela
dizia. Por isso, quando ouço a palavra empreendedor, associo-a sempre à palavra
problemas. Mas sei que se ela ainda fosse viva, e ouvisse falar tanto em
empreendedorismo, me ia dizer, Empreende, filho, empreende, que dizem na
televisão que isso tem futuro. E eu, que continuo a pensar e repensar
pensamentos, não sei se ganho alguma coisa com isso. Mas sou, certamente, um
empreendedor."
A sua forma escrita de pensar o mundo está distribuída por 3 livros:
«assumindo a terra», «as encostas viradas a norte» e «o mar nos teus olhos», tendo ainda participado com o poema "Timor" na colectânea «Juntos por Loro Sae», poema que foi lido por Cristina Barbosa:
a morte não são gritos
não esta morte
gritos de silêncio
doutro modo como explicar
que esta morte esteja a acontecer agora neste preciso momento
e os gritos não cheguem
a quem a poderia evitar
falei da morte
e do absurdo
no tempo passadoe do absurdo
e não estava à espera
de ter de o fazer no tempo presente
falei da morte que não é silêncio
da morte que é gritos
e agora
como falar desta morte
que é um ensurdecedor silêncio
desta morte que é também como falar desta morte
que é um ensurdecedor silêncio
a nossa morte
a morte da esperança num mundo diferente
a morte da dignidade
a morte do humanismo
são homens sem alma
os que matamsão homens sem alma
os que mandam matar
são homens sem alma
os que deixam matar
os que permitem a morte
pela indiferença
pela inacção
pelo silêncio
como falar do absurdo
do abjectodo horror
será que o que afinal distingue
os homens dos outros animais
é apenas esta capacidade
de nos matarmos uns aos outros
e o que mais dói
mais do que a morteé este sentimento de impotência
para mudar este estado de coisas
e terminar de vez com esta morte
a morte inútil
a morte do homem pelo homem
perante isto
só nos resta gritargritar bem alto
nós os vivos
e continuar a gritar
até que este massacre terminemesmo que este massacre termine
gritar
gritar bem alto
até que os nossos gritos se juntem
aos gritos dos mortos
nos ouvidos de todos os homens
e acabem para sempre todos os massacres
e possamos então calar os gritos
mas não esquecer
jamais esquecer
para que nunca mais
Mais um momento inesperado nesta 15ª tertúlia de "Café com livros". Pela porta das surpresas entra na sala a poetisa Zaida Paiva Nunes, grande amiga do David Teles, admiradora da sua poesia e que o quis homenagear lendo quatro poemas de «assumindo a terra», dos quais transcrevemos dois:
Beatriz
Beatriz
não te iludas com o vento
nem com o rugido do mar
se o mar ruge violento
foi porque soprou o vento
e o foi desinquietar
não te iludas com a brisa
que move branda a folhagem
não te iludas com a aragem
que logo aumenta a voragem
e alisa a areia da praia
e alteia a vaga no mar
se o vento sopra mansinho
brinca com as folhas do chão
logo arranca com os telhados
com quintas casas silvados
transformado em furacão
não te iludas com a brisa
que move branda a folhagem
não te iludas com a aragem
que logo aumenta a voragem
e cobre de água a catraia
e leva a espuma p'ró ar
não te iludas tem cuidado
não venha o ventinho manso
em furacão transformado
apanhar-te no descanso
e levar-te no tornado
a Carlos Paredes
na tua guitarra eu vivo um sonho
e a alegria de ser um português
e aquele orgulho da terra lusitana
na tua guitarra eu escuto a voz do povo
e as suas dores
e os seus lazeres
as festas
as feiras
arraiais
e a procissão da Senhora dos Prazeres
na tua guitarra eu ouço a amizade
e ouço a paz
e a alegria de dar a mão a um camarada
e a tristeza de perder
e a saudade
e a certeza de sempre se aprender
na tua guitarra Carlos
sinto o vento e sinto o fado
sinto Coimbra e sinto uma balada
na tua guitarra encontro a minha amada
na tua guitarra sinto todo o meu país
Por sua vez David Teles leu do livro «Sonhos», de Zaida Paiva Nunes, dois poemas dos quais se reproduz aqui apenas um:
“A tua ausência ainda
pernoita nos escombros de uma fotografia”
Al Berto
Partiste, meu amor,
ficámos sós
Eu e a tua ausência que me dói.
Queria
sentir teu cheiro, teu olhar, a tua vozEu e a tua ausência que me dói.
E não esta saudade que corrói.
Queria
sentir teus beijos, teus abraços,
Sentir
o teu carinho, o teu calor.Poder ouvir, pela casa, os teus passos,
Saber que aqui estavas, meu amor.
Mas
tu partiste e tudo me levaste.
O
olhar, a voz, os beijos, o carinho.Se tu até o meu sono me roubaste
Pra que à noite eu por ti chore de mansinho.
Apenas
não levaste esta saudade, a enorme dor,
A
tua foto que guardava comigo.É com elas agora que vivo, meu amor,
E com a tua ausência, pensando estar contigo.
No
teu lugar, a foto, tua presença...
Esta
tua foto onde pernoita, teimosa, a tua ausência.Outra surpresa estava reservada a David Teles e à assistência. O tertuliano José Farinha, professor de Educação Musical, tocou à guitarra várias músicas originais de sua autoria, emocionando o convidado e deliciando todos os participantes desta tertúlia com a beleza das melodias que fez vibrar nas cordas da sua guitarra.
Cristina Barbosa, após este momento musical, leu o texto "A arca", publicado no blogue "Escrita de Bolso", em 3 de Dezembro de 2015:
A arca. O cheiro. A alfazema velha e humidade. Os cobertores
que arranham a pele. Que mais do que aquecer, pesam. Mantas de papa,
chamavam-lhes. Traçadas já. Carregadas de história e histórias. Memórias de
lençóis de linho, puídos embora. E de colchões de folhelho que sublinhavam com
rangidos o menor movimento. Que marcavam ritmos em noites de lua apetecida.
Apesar das cautelas. Apesar da vergonha. Das rendas das fronhas que marcavam as
faces de flores e cornucópias. E quadrados pequeninos. Lembranças das crianças que
esqueciam os lençóis e se deitavam no meio dos cobertores, porque gostavam das
cocegas que os faziam rir e esquecer o frio. Com as cabeças tapadas para as
orelhas não gelarem e não deixarem de sentir a ponta do nariz. Com as mãos
entre as pernas por causa das frieiras. E que assim, encolhidos a brincarem às
tocas, caíam no sono. Pegavam no sonho. A arca tem cheiros. A arca tem sonhos.
Do mesmo blogue Lídia Raquel leu "Sempre estrangeiro", texto publicado a 28 de Setembro de 2015:
Sentir-se sempre estrangeiro. Em todos os lugares. Mesmo em
sua casa. Mesmo dentro de si. Principalmente dentro de si. Não reconhecer nunca
quem o olha no espelho. Sempre a sensação de estar de passagem. De não pertencer
a lugar algum. Ou pertencer a todos por igual. Um desconforto perene. De andar
apertado na vida como quem usa um fato demasiado acanhado. Não é inquietação. É
um sentimento de estranheza. Como quando se usa uma camisola que pica no corpo.
É uma vontade permanente de saltar muros.
E Cristina Barbosa leu "Aves migratórias", publicado a 14 de Setembro de 2015:
Sempre invejei as aves migratórias. Que todos os anos
levantam voo e zarpam em direcção a melhores climas e condições em viagens
longas e duras. Mas que conhecem o prazer da luta e de enfrentar o
desconhecido. Que variam de habitat e não se deixam a ficar a gelar as penas em
Invernos frios e chuvosos. A viagem, mesmo que sempre para os mesmos sítios,
nunca é igual. E nada ultrapassa o prazer de atingir horizontes longínquos.
Por último David Teles leu "Marraquexe", um texto publicado a 12 de Janeiro de 2016:
Por último David Teles leu "Marraquexe", um texto publicado a 12 de Janeiro de 2016:
Marraquexe. A cidade vermelha. Para mim é rosada, o que só
lhe aumenta o encanto. Fui lá parar uma vez e deixei-me ficar. Gostei da luz,
dos sons, do ambiente. Poderia ter ficado a viver em Marraquexe se não fosse o
mar. A ausência do mar. Sempre tive que sentir que tinha o mar perto. Havia o
deserto ali ao lado, claro. Mas, embora o adorasse, não me causava a emoção do
mar. Gostei de lá viver, no entanto. Naquele minúsculo quarto no cimo do
prédio, demasiado quente, que tinha escolhido pelas vistas e pela sensação de
segurança. De um dos lados avistava (e cheirava) uma zona de preparação e
tingimento de peles e o meu entretém, quando o cheiro permitia, era ver aqueles
desgraçados naquele trabalho duríssimo. Mas os tanques coloridos e as peles a
secar lembravam uma pintura abstracta. O resto do dia passeava pelo souk, ia
ver as novidades à Fnac Berbere, supremo exemplo do humor marroquino, e acabava
numa esplanada sobranceira à praça Djemaa el Fna a observar o movimento. A ver
como as motoretas conseguiam não colidir umas com as outras. Uma vez vi passar
uma carregada de caixas se ovos e quase desejei que tivesse um percalço. Fiz
amizade com alguns comerciantes do souk e acabei a passar tardes nas suas lojas
a fumar chicha, a beber chá e a vê-los endrominar modestamente os turistas.
Digo modestamente porque nunca os enganavam na qualidade do produto, de que
muito se orgulhavam, mas apenas no preço. Era gente simples e generosa. Com um
deles fiz uma viagem ao deserto. Conheci velhos berberes que nunca tinham saído
da sua aldeia, mais do que algumas viagens à cidade mais próxima, mas eram
mais sábios que muitos doutores. No regresso passámos em Ait Ben
Haddou e apaixonei-me pelo sítio. Fiquei lá uns dias só a deixar-me embeber do
espírito das ruínas e em meditação. Lá o tempo não passa. Parece que não
precisamos de nada. Quase nem de comer. Se não se tivesse acabado o dinheiro
acho que ainda hoje lá estava. Voltei a Marraquexe só para arrumar o saco e
partir.
Entretanto, mais uma vez, se abre a porta da sala das surpresas e Rosa Neves aparece com uma caixa-mistério. O que será? Nada mais do que a edição de um livrinho de 16 páginas, 14,5 x 10,5 cm - «Fala do Zé Emigrante» - da autoria de David Teles, tipo "literatura de cordel" (Edições Cá Sete, Janeiro de 2016), que é oferecido a todos os presentes. David Teles leu na íntegra o poema, composto de 2 partes: "antes de 1974" e "actualidade". Por ser muito longo, transcrevemos apenas o início de cada uma das partes, as quais já dão o tom deste "poema social":
antes de 1974
Meu pai não sei qual o espanto
de veres partir esta gente
povo que já está em pranto
por andar tão descontente
larga do cabo da enxada
larga a terra que trabalha
e vai como uma enxurrada
arrastando a sua tralha
até às terras de França
Alemanha e outras tais
p'ra onde o chamar a esperança
porque aqui já não há mais.
de veres partir esta gente
povo que já está em pranto
por andar tão descontente
larga do cabo da enxada
larga a terra que trabalha
e vai como uma enxurrada
arrastando a sua tralha
até às terras de França
Alemanha e outras tais
p'ra onde o chamar a esperança
porque aqui já não há mais.
(...)
actualidade
E agora sou eu o pai
que se espanta ao ver partir
o filho que agora vai
noutro país investir
o curso que aqui tirou
com o seu esforço e o meu dinheiro
e tanto que aqui estudou.
E não o paguei só eu
todos nós contribbuímos
pois o estado também deu
que nós assim decidimos
após a revolução
que para todos seria
grátis a educação
e era assim que se queria.
(...)
Seguiu-se mais um momento musical surpresa. O jovem Luís Monteiro, estudante do Conservatório de Música de Fátima, presenteou o convidado e todos os tertulianos com um tema executado brilhantemente em flauta transversal.
Sinto-me dissolver no tempo. É uma sensação semelhante a
boiar em água tépida. Um relaxamento até agradável. Mas em que o corpo se vai
diluindo a partir das extremidades. De fora para dentro. Desaparecendo em
névoa. Não penso em nada. Não me importo com nada. Deixo-me ir. Apenas.
Desagregar. Desaparecer. Pouco a pouco. Tecidos e fluidos. Molécula a molécula.
Até só sobrarem átomos dispersos. E então serei nada. Serei tudo.
Por fim José Farinha executou mais quatro peças, que nos recordaram os belos sons trovadorescos, após o que se seguiu um tempo de conversa aberta a todos os tertulianos.
"Café com livros" agradece a todos o contributo valioso da sua presença e voltará a acontecer em Março, num lugar a combinar...
Até lá não recusem
um café quente
um livro fresco
uma ideia nova!
Texto de Augusto Mota e Rosa Neves
Fotos de António Nunes e Joaquim Cordeiro
Edição de augusto mota
António Nunes
Isabel Trindade
Nota “Tertuliana”:
Na agradável e amena
confusão que sempre se estabelece no final de cada “Café com Livros”, alguém
deixou escapar “inocentemente” que o Prof. Augusto Mota tinha feito anos no dia anterior!...e vai daí, volta tudo atrás, e em coro alegre e bem “desafinado” todos
lhe quiseram cantar os parabéns merecidos e amigos.
A "culpa" foi da Mariana Pereira e da bonita couve decorativa!
Ter feito anos foi só
um pretexto para lhe agradecermos a sua presença, a sua amizade e a sua
existência profícua de conhecimento, criatividade e talento! Mas, ter feito
anos, foi também um pretexto para ensaiarmos com ele o futuro.
As Trêstúlias também quiseram posar, para memória futura, com a couve decorativa!
Boa forma de fechar
esta tertúlia: comemorando a vida e a cultura!
Parabéns Prof. Augusto Mota e até à próxima …
Parabéns Prof. Augusto Mota e até à próxima …
"Café com livros" agradece a todos o contributo valioso da sua presença e voltará a acontecer em Março, num lugar a combinar...
Até lá não recusem
um café quente
um livro fresco
uma ideia nova!
Texto de Augusto Mota e Rosa Neves
Fotos de António Nunes e Joaquim Cordeiro
Edição de augusto mota
1 comentário:
Não pude estar presente nessa tertúlia, tinha ido assistir à inauguração de uma exposição -"Resumo Mitológico" - de um "jovem de 91 anos. Fico grato por mais esta partilha e, já agora, ainda que atrasados, os meus parabéns.
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