Vou partir na asa de uma palavra,
de uma qualquer,
não escrita ainda,
que venha voando por minha alma fora,
à procura deste poema
Antes que sobre ele inicie sua descida,
a ela, que vem ainda cheia de energia da viagem,
vou desviá-la, para que me leve
para o outro lado da folha -
e, levando-me em seus braços,
desça, sem rumor,
sobre a nudez da nova página,
e me deixe ficar para sempre
no poema que nunca escreverei
António Simões escreveu
Augusto Mota fotografou e compôs
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