E agora troquemos os papéis;
É a Ambrósio que algo apetece:
"Nobre Senhora, quero que me deis
Essa cruz que sobre os seios desce." "Não posso, amigo, pertenceu a reis,
Herdei-a de minha mãe la comtesse
De Martignon, mas porque não quereis
Algo mais prosaico, que eu pudesse Dar-te sem rebuço, como esses
Ferrero-Rocher que tão bem conheces,
Sem que dê azo a ditos e dislates." Ele, com fome d'amor e comida,
Sabe que o amor é breve e curta a vida,
E come la comtesse e os chocolates. A. Inocêncio Príncipe, inédito, 2005.
10 comentários:
A ironia como escrita abençoada...
De muitíssimo bom gosto e cúpida lucidez...
De superior requinte... de malvadez!
Um fortíssimo abraço, certo de que, depois destes quatro sonetos, é de exigir muitos mais.
E, por antecipação, viva a Monarquia com o Inocêncio como Príncipe... ou rei, JÁ!
Cuidado que a "fome" pode dar em fartura!
Com que ironia, estes "Meninos" brincam com coisas tão sérias.
Parabéns!
E venham mais.
Senhor Poeta, apetece-me...algo!
Quatro novos sonetos, de preferência, salteados.
De profundis!
Bravo!
E apanha uma valentíssima indisgestão!!!!!
Não há palavras. Simplesmente genial.
Bravo, Inoc>êncio.
É demais!
Aos Poetas deste País tiro o chapéu.
A Inocêncio Príncipe o meu tricórnio.
Aquele abraço!
Que a satisfação final não vos dê nenhum amargo de boca...
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