Veste a condessa ouro de cem quilates:
O chapéu e o vestido, com finura,
Ganham a cor que envolve os chocolates
Que Ambrósio em suas mãos segura. Como se fossem o Tigre e o Eufrates,
Dois rios d'ouro sobre o colo pendura;
Mas esse colar cantado p'los vates,
Perde beleza prà sua formosura. E da voz dourada de inflexões,
Sua finesse jorra em borbotões,
Quando pra falar surge o ensejo. "Apetece-me algo," diz, divina;
Logo Ambrósio, como se imagina,
Pronto lhe satisfaz qualquer desejo. A. Inocêncio Príncipe, inédito, 2005.
4 comentários:
Que maravilha!
Um abraço, caro Príncipe.
Para complemento, este delicioso "Ferrero-Rocher".
Da mais apurada ironia. Nota máxima na pontuação de zero a vinte.
O mais requintado bom-bom neste domingo acinzentado... Ou o subtil sarcasmo português na esteia das Cantigas de Escárnio e Mal Dizer.
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