O presidente Bush e eu própria partilhamos a vossa convicção de que a América pode e deve ser uma força do Bem no mndo. O presidente e eu acreditamos que os Estados Unidos devem permanecer empenhados como líderes dos acontecimentos fora das nossas fronteiras. Acreditamos nisso porque somos guiados pelo mesmo princípio duradouro que fez nascer a nossa nação: a dignidade humana não é um dom do governo aos seus cidadãos, nem um dom dos homens a outos homens, é uma graça divina a toda a humanidade.
Vivemos momentos críticos e importantes, momentos teste para a América, mas é o momento em que devemos afirmar porque nos erguemos como nação, e qual o papel que devemos desempenhar no mundo.
É sobre isto que vos quero falar esta manhã.
Na América somos abençoados com uma liberdade extraordinária: a liberdade de nos governarmos a nós próprios e de eleger os nossos líderes; a liberdade de propriedade; a liberdade de educar as nossas crianças, os nossos rapazes e as nossas raparigas; e claro, a liberdade de pensar como quisermos e de celebrar o culto que desejamos. A América representa essas liberdades, mas a América não as possui. Erguemo-nos por ideais que são maiores que nós próprios e percorremos o mundo não para pilhar, mas para proteger; não para subjugar mas para libertar, não como senhores dos outros, mas como servidores da liberdade.
É aqui, minhas senhoras e meus senhores, que se coloca uma escolha para o nosso país e para nós enquanto americanos. Devemos conduzir o mundo ou devemos retroceder? Devemo-nos elevar à altura dos desafios dos nossos tempos ou devemo-nos pôr de lado? A América é um país rico e poderoso, é verdade. Mas, e isto também é importante, somos também uma nação de grande compaixão e consciência, animada por princípios democráticos. Também ao considerar o nosso papel futuro no mundo, devemos reflectir quais são as questões importantes. Devemo-nos perguntar: se não for a América a fazê-lo, quem conduzirá as outras nações à consciência e à defesa internacional da liberdade de religião?
O presidente Bush definiu, claramente, que as melhores relações com os Estados Unidos são reservadas aos governos que respeitam as crenças dos seus povos. Quando se vai a um país, como a China e como eu fiz, e, nos sentamos ao lado dos cristãos chineses, não os podemos ajudar, mas ficamos maravilhados com a sua coragem. Se não for a América a apoiar estas gentes e não importa saber onde é que desejam celebrar o culto, livremente e em paz, então eu pergunto-vos: quem o fará?
Sabem, a liberdade religiosa exige claridade moral. E a mensagem para a América não pode ser mais clara: os governos não têm nenhum direito de se interporem entre os indivíduos e o Todo-o-Poderoso.
Em suma, devemos ter em conta uma outra questão que ultrapassa esta: não deverá ser a América a comandar as nações amantes da liberdade para defendar a liberdade e a democracia no mundo? Quase cinco anos após a tragédia do 11 de Setembro, os Estados Unidos conduzem uma grande coligação de Estados numa guerra global contra o terrorismo. Sempre que é possível, nós fazemos justiça aos terroristas. E se for necessário, nós seremos os justiceiros dos terroristas. Foi a sorte que os nossos militares reservaram ao terrorista Zarqawi. Agora ele não magoará mais ninguém, não matará mais ninguém, não voltará a aterrorizar pessoas inocentes.
Sim, mas não nos devemos limitar a capturar e matar individualmente terroristas, apesar de termo-lo feito. Nós devemos atacar a verdadeira fonte de terror, fazendo, no entanto, aparecer uma visão que ultrapassa as ideologias do ódio. Os Estados Unidos apoiam as aspirações democráticas de todos os povos, qualquer que seja a sua cultura, raça ou religião. Nós não conduzimos a causa da liberdade porque pensamos que os povos livres estarão sempre de acordo connosco. Sabemos que eles não estão. É o seu direito e a América defende esse direito. Fazemo-lo porque acreditamos, e porque vemos que a nossa crença é válida, que as pessoas merecem e desejam viver livremente.
Os comentários de Thierry Meyssan:
Nesta óptica, os Estados Unidos recusam ser os polícias do mundo e os responsáveis por fazer respeitar o direito internacional, porque foram investidos por Deus para serem os seus justiceiros
Não se questionam sobre a base legal que legitimou o bombardeio americano à casa de Zarqawi no Iraque, já que eles não eram senão instrumentos de Deus a aplicar o castigo supremo. E também não se questionam sobre o que a sua exaltação os levará a fazer amanhã.
É tempo dos aliados de Washington se interrogarem sobre a irracionalidade do governo dos Estados Unidos e as suas consequências.
Enviado por Adel Sidarus.
06/07/2006
A Administração Bush identifica-se com a justiça divina / Thierry Meyssan
George W. Bush, a título privado, e a Secretária de Estado, Condoleezza Rice, a título oficial, participaram na convenção anual dos Baptistas do Sul. Explicaram a 18 mil "mensageiros de Deus" como governam para propagar a justiça divina sobre a Terra na iminência do Fim dos Tempos. O discurso de Condoleezza Rice
por
António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário