A convite de David Teles Ferreira, amigo
encontrado no percurso das palavras, o poeta /cantor Andrés Stagnaro foi
recebido pelo grupo Trêstúlias, no dia 30 de março, no Moinho do Papel, em
Leiria.
Andrés Stagnaro nasceu no Salto, no
Uruguai. Desde a sua adolescência que canta em público; também desde cedo
começou a musicar poesia e rapidamente se afirma como autor e compositor.
Estabelece vínculos com muitos outros autores, compositores e poetas de todo o
mundo. Diz que em Portugal se sente em casa e que esta é a sua segunda pátria.
Atualmente está no nosso país em representação diplomática no âmbito da Semana
do Uruguai em Portugal e através do convite do seu amigo David Teles veio
partilhar connosco um pouco das suas criações poético-musicais e da sua
história.
Uma história que se cruza com a nossa história nos caminhos da luta
pela liberdade e uma música que se cruza com a lusofonia e que interpreta a
nossa poesia e os nossos autores.
Resistente da ditadura militar uruguaia Andrés Stagnaro é um poeta sem amarras, um pássaro sem gaiola que
empresta o seu canto a baladas intimistas, interpretando poemas seus e de
poetas portugueses.
Cantor, poeta compositor, inclui
no seu reportório músicas de José Afonso, Francisco Fanhais e escritos de José
Saramago e David Mourão Ferreira.
A música e os poemas de Andrés Stagnaro são uma forma de comemorar a democracia no seu país e relembrar a ditadura militar uruguaia que subjugou o país durante doze anos - entre 1973 e 1985 – deixando um rasto de crimes e violência que ainda hoje está a ser investigado, pois ainda hoje está por encontrar o rasto de cerca 200 pessoas que desapareceram e cujos corpos nunca foram encontrados. Uma ditadura que alimentava e se alimentava do medo; uma ditadura feroz que entrava casas adentro e levava famílias inteiras; uma ditadura que perseguia e matava mesmo fora das suas fronteiras e cuja marca está bem presente nas memórias do povo Uruguaio.
A música e os poemas de Andrés Stagnaro são uma forma de comemorar a democracia no seu país e relembrar a ditadura militar uruguaia que subjugou o país durante doze anos - entre 1973 e 1985 – deixando um rasto de crimes e violência que ainda hoje está a ser investigado, pois ainda hoje está por encontrar o rasto de cerca 200 pessoas que desapareceram e cujos corpos nunca foram encontrados. Uma ditadura que alimentava e se alimentava do medo; uma ditadura feroz que entrava casas adentro e levava famílias inteiras; uma ditadura que perseguia e matava mesmo fora das suas fronteiras e cuja marca está bem presente nas memórias do povo Uruguaio.
David Teles ouviu emocionado um soneto seu ser cantado por Andrés Stagnaro. O poeta foi também ouvindo poemas seus traduzidos para português e retirados do seu livro “Danza sobre Bordes” publicado em setembro de 2015.
Andrés Stagnaro e as Trêstúlias: Lídia Raquel, Rosa Neves e Cristina Flores
O Serão foi decorrendo entre um poema,
uma conversa e uma balada e terminou entre um chocolate e um licor, ao som das
águas do Moinho.
Portugal e o Uruguai ficaram mais
próximos num abraço de palavras.
Obrigada Andrés Stagnaro.
Texto: Rosa Neves
Fotos: Joaquim Cordeiro Pereira e Augusto Mota
Edição: Augusto Mota
Texto: Rosa Neves
Fotos: Joaquim Cordeiro Pereira e Augusto Mota
Edição: Augusto Mota