10/11/2011

flores, flores, flores






flores,
essas, as de sangue,
dos que tombaram
e verticais ficaram
a nosso lado,
a crescer nosso amor
e nosso assombro -



flores, flores,
essas, as de esperança,
dos que ondularam
a seara do futuro em cada ombro !


                                             António Simões, 1963



da série  «POEMAS DUM OUTRO TEMPO»
foto: Augusto Mota / Papoilas das searas ( papaver rhoes )

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