19/02/2015

Espiralando



A ESPIRAL DA VIDA




Por estranhos caminhos se chega à conclusão de que a vida não se desenvolve seguindo a geometria da Espiral de Arquimedes, mas, sim, seguindo a da Espiral de Fermat. Na primeira, cada vez nos afastamos mais do ponto de partida - do nascimento -, passando pelo êxito do corpo e do espírito, a que se segue o declínio gradual de tudo, até à morte cerebral e física; na segunda, a certa altura da vida, passamos, sem nos apercebermos, para a outra linha que lhe é paralela e, assim, iniciamos um regresso ao ponto de partida, mas percorrendo um caminho bem distinto do primeiro, onde afloram, por vezes tenuamente, coisas do passado como se presente fosse, até regredirmos ao estado do não-ser. 

augusto mota, fevereiro de 2015

1 comentário:

Júlia Ribeiro disse...

Gostei muito da "espiral da vida".

Abraço
Júlia