A ESPIRAL DA VIDA
Por
estranhos caminhos se chega à conclusão de que a vida não se desenvolve seguindo
a geometria da Espiral de Arquimedes, mas, sim, seguindo a da Espiral de
Fermat. Na primeira, cada vez nos afastamos mais do ponto de partida - do
nascimento -, passando pelo êxito do corpo e do espírito, a que se segue o
declínio gradual de tudo, até à morte cerebral e física; na segunda, a certa
altura da vida, passamos, sem nos apercebermos, para a outra linha que lhe é
paralela e, assim, iniciamos um regresso ao ponto de partida, mas percorrendo um
caminho bem distinto do primeiro, onde afloram, por vezes tenuamente, coisas do passado como se presente fosse, até
regredirmos ao estado do não-ser.
augusto mota, fevereiro de 2015
1 comentário:
Gostei muito da "espiral da vida".
Abraço
Júlia
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