2. As Aves Cantivoam "Ó cousas todas vãs, todas mudaves,"
Eis que um verso de Sá de Miranda
Desce em mim, enquanto observo as aves
Que cantivoam aqui por esta banda. Vejo-as voando livres, sem entraves,
Dos altos céus em alegre demanda,
E penso em meu país, nos rostos graves
De quem vive de reforma miseranda. Farto dos faustos da fútil corte,
No refúgio da quinta do Minho,
Tua vida viveste recta e pura. Se ora como então é má nossa sorte,
Se o Homem continua a ser mesquinho,
De facto, amigo Sá, "isto é sem cura." A. Inocêncio Príncipe, inédito.
6 comentários:
Só os Poetas para acreditarem na possibilidade de transformar este País.
Amigos, isto já não tem cura!
É preciso ser mais do que poeta para aguentar tanto saco...
É má sina nossa.
É o fado português tão sublimemente versejado pelos nossos maiores poetas.
Obrigado, A. Prudêncio Príncipe!
Ora cá temos mais uma sátira à maneira de Inocêncio Príncipe.
Que encanto!
A superior verve dum poeta à sombra de um outro.
Um abraço, amigo Príncipe!
A poesia como um gume.
Porque é necessário agitar.
Um abraço, poeta!
obrigada!
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