FADO DE AR
Diz-se que o ar não tem cor,
Mas nessa eu não acredito,
Basta olhar, por favor,
Quando é hora do sol-pôr,
Para a cor do infinito.
Ele é a grande redoma
Que envolve todo o planeta –
Se a nuvem ao alto assoma,
Voa a águia e voa a pomba,
E também a avioneta.
Eu vou pegar num balão
E enchê-lo num momento –
Ponho lá o coração,
Vai leve como o balão
Para onde for o vento.
Quando ao pé de mim escuto
O teu brando respirar,
Na paz do nosso reduto
Há silêncio absoluto,
Fica à escuta o próprio ar.
Dos elementos és rei,
Desses quatro principais;
Mal eu nasci, respirei,
Ó ar, sem a tua lei
Ninguém vivia jamais
António Simões
Mas nessa eu não acredito,
Basta olhar, por favor,
Quando é hora do sol-pôr,
Para a cor do infinito.
Que envolve todo o planeta –
Se a nuvem ao alto assoma,
Voa a águia e voa a pomba,
E também a avioneta.
E enchê-lo num momento –
Ponho lá o coração,
Vai leve como o balão
Para onde for o vento.
O teu brando respirar,
Na paz do nosso reduto
Há silêncio absoluto,
Fica à escuta o próprio ar.
Desses quatro principais;
Mal eu nasci, respirei,
Ó ar, sem a tua lei
Ninguém vivia jamais
António Simões
edição e foto: augusto mota
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