sorvo o dia quente
no cinzento de um vento violento
que viola a estola a secar em tempo
de viagem sem regresso
ao avesso do sonho viajado e o passado
e o presente sentem o ressentimento
do entardecer
feito aranha resistente
ao riso
dum poeta renascentista
que não resistiu à biópsia
da sua biografia bolas não aguento
tanto unguento deixem-me ser só poesia gabriela rocha martins, inédito veja também, agosto 2006.
6 comentários:
Regressaste em força, Maria Gabriela. Bem hajas por este teu belo e fortíssimo poema, onde o inconformismo raia o surrealismo e o nonsense.
Como este venham mais.
Um forte abraço
Estupendo poema... ( E que saudades desta forma directa de escrever e desta assinatura. E como foi bonita em ter ouvido o meu pedido. Sim, porque... ) As Varandas do Palácio também precisam, e muito, de si.
Um beijo, minha Amiga, e até breve!
É tão bom saudar-te, Amiga!
um beijo, Gabriela.
obrigada ,Idalina .foi feito num dia excepcional ,de muito calor em que o espírito havia estupidificado .resolvi inverter o processo e brincar comigo mesma .foi este o resultado .confesso que jocoso e ,mesmo para mim ,muito divertido
de qualquer modo ,obrigada ,amiga ,e um forte beijo.
obrigada ,Júlia ,mas as varandas do palácio são ,diariamente ,muito bem engalanadas e eu sempre que posso ,como vê ,cá estou
,mas
prometo que voltarei ,breve
,porque
os meninos / leitores é que mandam
um beijo ,amiga!
obrigada ,Manel!
outro ... !
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