Ontem, dia 19 de Agosto, passaram três anos sobre o trágico atentado que vitimou Sérgio Vieira de Mello, e, a sua acção em nome dos direitos e valores humanos que nos são, particularmente, queridos, leva-nos a perpetuar a sua memória.
À frente de importantes missões humanitárias da ONU no Líbano, no Ruanda, em Timor Leste, no Kosovo e no Iraque, Sérgio Vieira de Mello foi uma das mais respeitadas figuras da diplomacia internacional.
O seu carácter humanista, associado ao seu talento para a negociação e a defesa da democracia, mesmo em situações difíceis, foram factores determinantes para o sucesso de muitas de suas actividades.
Sérgio Vieira de Mello nasceu no Rio de Janeiro, a 15 de Março de 1948.
Ainda não tinha um mês, a família mudou-se para Buenos Aires, onde o pai foi colocado como diplomata.
Ainda não tinha um mês, a família mudou-se para Buenos Aires, onde o pai foi colocado como diplomata.
Em 1969, formou-se na Universidade de Paris, e, nesse mesmo ano, entrou para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em Genebra, Suíça.
Na década de 70, acumulando com os estudos em Paris, trabalhou em missões da ONU, no Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru.
Em 1974, completou o seu doutoramento em Filosofia, e, na década seguinte, terminou o doutoramento em Ciências Humanas, mais uma vez, na Sorbonne.
No início dos anos 80, foi conselheiro político das Nações Unidas no Líbano, durante a ocupação israelita, e, nos anos 90, actuou na repatriação de refugiados do Cambodja, tendo sido, ainda, representante das Nações Unidas na Bósnia-Herzegovina.
A sua participação, como administrador do governo de transição de Timor Lorosai, até às primeiras eleições, foi, sem dúvida, importantíssima.
Em 12 de Setembro de 2002, vem a ser nomeado Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU e, em Junho do ano seguinte, tornou-se representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para o Iraque, onde perdeu, tragicamente, a vida, no ataque terrorista do dia 19 de Agosto de 2003.
4 comentários:
Gabe
Lamentável perda..imensa saudade do Sérgio. Sua dignidade é pra alguns de nós exemplo nesses tempos onde, para a maioria, a vida tem pouco significado. Obrigado, em nome dos meus, pelo belissimo texto.
beijos da amiga
della-porther
poema dedicado a Sérgio Vieira de Mello
*
talvez um dia
tenhas pensado
porque rebentariam bombas
nos subterrâneos quietos do Nevada
se havia crianças a brincar com pombas
nas praças das cidades
e abraçaste a paz
desde então
teu olhar
tua voz
teus gestos
serenaram
cruéis conflitos
Perú, Kosovo,
Moçambique,
Sudão
tantos
ainda ontem
te vimos sorrir
a liberdade do povo de Timor
e hoje
hoje a dor
a enorme dor
da tua morte em Bagdad
porque rebentou a bomba
no subterrâneo quieto
da nossa Paz?
19-08-03
António Cardoso Pinto
Querida Della!
não tem que agradecer ,Amiga.
se alguém tem de fazê-lo ,somos todos ,mulheres e homens de boa vontade ,pelo exemplo e ,sobretudo ,pelas acções de Sérgio Vieira de Mello
.
.
.
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homens como ele não têm Pátria
.
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são pertença da Humanidade
.
um beijão ,Della!
António!
um justo e belíssimo tributo a alguém que pelo seu exemplo ,já faz parte da História ,e o António ,ao dedicar-lhe este poema ,reescreve o seu epitáfio.
muito obrigada!
um abraço!
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