11/08/2006

resistência

sorvo o dia quente
no cinzento de um vento violento
que viola a estola a secar em tempo
de viagem sem regresso
ao avesso do sonho viajado e o passado
e o presente sentem o ressentimento
do entardecer
feito aranha resistente
ao riso
dum poeta renascentista
que não resistiu à biópsia
da sua biografia
bolas
não aguento
tanto unguento
deixem-me ser só poesia
gabriela rocha martins, inédito veja também, agosto 2006.

6 comentários:

Anónimo disse...

Regressaste em força, Maria Gabriela. Bem hajas por este teu belo e fortíssimo poema, onde o inconformismo raia o surrealismo e o nonsense.
Como este venham mais.

Um forte abraço

Anónimo disse...

Estupendo poema... ( E que saudades desta forma directa de escrever e desta assinatura. E como foi bonita em ter ouvido o meu pedido. Sim, porque... ) As Varandas do Palácio também precisam, e muito, de si.

Um beijo, minha Amiga, e até breve!

Anónimo disse...

É tão bom saudar-te, Amiga!

um beijo, Gabriela.

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

obrigada ,Idalina .foi feito num dia excepcional ,de muito calor em que o espírito havia estupidificado .resolvi inverter o processo e brincar comigo mesma .foi este o resultado .confesso que jocoso e ,mesmo para mim ,muito divertido

de qualquer modo ,obrigada ,amiga ,e um forte beijo.

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

obrigada ,Júlia ,mas as varandas do palácio são ,diariamente ,muito bem engalanadas e eu sempre que posso ,como vê ,cá estou
,mas
prometo que voltarei ,breve
,porque
os meninos / leitores é que mandam

um beijo ,amiga!

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

obrigada ,Manel!

outro ... !