DA ARTE DO CHÁ
1.
Parece
que a última Convenção do Bloco (dito) de Esquerda ofereceu ribalta a uma
farsola triste: a da assuada de que foi alvo a delegação, aliás convidada, do
Syriza. Achei mal os apupos como o caraças. Para mim, ninguém lhano, ninguém
gentil, ninguém cordato, ninguém bem educado – humilha, achincalha, indispõe
&/ou enxovalha a quem, chamado por alguém, à casa de alguém acede. Os meus
Pais sempre me inculcaram a evidência de ser o gesto a valer a mão, não o anel
a valer o dedo. Catarina: o que aos gregos fizeram (pelo menos parte dos bloquistas com assento na plateia),
justapõe duas em uma palavra só – má-criação. Não tem a ver com esquerda. Não
tem a ver com direita. Não tem, sequer, a ver com política. Tem a ver com um
pouquito mais de chá & com um bocadito menos de erva-fumada-para-rir na
idade supostamente adulta. A dita assuada apupa-vaiante do BE ao Syriza fez-me,
todavia, bem. Fez-me bem ao fazer-me, como me fez, voltar ao convívio do grande
Poeta latino que Horácio foi, é & há-de ser. E a Horácio porquê?
2. Porque Horácio escreveu ( cf. Epístolas, Livro II, 1.156 ): “Græcia capta ferum victorem cepit ”. Em nosso Português: “A Grécia dominada superou o seu feroz vencedor ”. Mas fará sentido ser, ante malcriados, citador do imorredouro legado horaciano? Fará. Porquê?
3. Porque citar um latino a propósito de gregos causa sempre certo frisson erudito. Impressiona sempre os coríntios. Engasga sempre os zebedeus. Faz sempre tossir à bruta os fumadores de palha magrebina. E faz sempre estacar em gelo os adoradores do fogo fácil: aquele fogo que queima sem saber que um dia tudo arde. Que um dia tudo arde para pedagogia finalmente adulta de certa parte da plateia do BE.
4. Entrementes, numa certa ilha não longínqua da Convenção catarinista, o Reino (des)Unido pôs-se na alheta/de frosques/vila-diogo do projecto pan-europeu nascido do pós-II Guerra Mundial. Sem pedir licença à miúda do Bloco, o mais vulgar cidadão cockney , nostálgico talvez de bifes de vaca não-louca, procedeu à edição de si mesmo em separata do breviário franco-alemão + ex-soberanias-cachopitas-satélites como por exemplo nós-Portugal. O que os Britânicos referendaram hoje será anteontem no dia a seguir a amanhã. Só isso. Ninguém sabe o que a seguir virá. Só eu sei. Só eu sei por que não fico em casa com o que sei. Saio de casa e venho a esta derradeira página do jornal berrar o que sei. Não é da realidade-Brexit-e-agora,-UE? que falo. É de Horácio. É de Horácio & é para aquela parte malcriada do BE. Trata-se do resto da citação do Poeta nascido a 8 de Dezembro quando faltavam 65 anos para o Cristo da manjedoura. Por causa disto: ao receber tão arruaceira & tão infelizmente em sua própria casa os convidados gregos, parte dos bloquistas neófitos da-coisa-depressa-mas-da-causa-devagar merecem saber o latinório todo. O qual é: “Græcia capta ferum victorem cepit et artes / Intuit agresti Latio ”. Ou seja: “A Grécia dominada superou o seu feroz vencedor e introduziu as artes no agreste Lácio ”. Ora, quem diz Lácio, Catarina, diz (des)União Europeia. Porquê, Catarina?
5. Porque, Catarina, a boa-criação é adereço comportamental da arte do chá, arte a que os Gregos, miúda, nem sempre chamavam cicuta.
2. Porque Horácio escreveu ( cf. Epístolas, Livro II, 1.156 ): “Græcia capta ferum victorem cepit ”. Em nosso Português: “A Grécia dominada superou o seu feroz vencedor ”. Mas fará sentido ser, ante malcriados, citador do imorredouro legado horaciano? Fará. Porquê?
3. Porque citar um latino a propósito de gregos causa sempre certo frisson erudito. Impressiona sempre os coríntios. Engasga sempre os zebedeus. Faz sempre tossir à bruta os fumadores de palha magrebina. E faz sempre estacar em gelo os adoradores do fogo fácil: aquele fogo que queima sem saber que um dia tudo arde. Que um dia tudo arde para pedagogia finalmente adulta de certa parte da plateia do BE.
4. Entrementes, numa certa ilha não longínqua da Convenção catarinista, o Reino (des)Unido pôs-se na alheta/de frosques/vila-diogo do projecto pan-europeu nascido do pós-II Guerra Mundial. Sem pedir licença à miúda do Bloco, o mais vulgar cidadão cockney , nostálgico talvez de bifes de vaca não-louca, procedeu à edição de si mesmo em separata do breviário franco-alemão + ex-soberanias-cachopitas-satélites como por exemplo nós-Portugal. O que os Britânicos referendaram hoje será anteontem no dia a seguir a amanhã. Só isso. Ninguém sabe o que a seguir virá. Só eu sei. Só eu sei por que não fico em casa com o que sei. Saio de casa e venho a esta derradeira página do jornal berrar o que sei. Não é da realidade-Brexit-e-agora,-UE? que falo. É de Horácio. É de Horácio & é para aquela parte malcriada do BE. Trata-se do resto da citação do Poeta nascido a 8 de Dezembro quando faltavam 65 anos para o Cristo da manjedoura. Por causa disto: ao receber tão arruaceira & tão infelizmente em sua própria casa os convidados gregos, parte dos bloquistas neófitos da-coisa-depressa-mas-da-causa-devagar merecem saber o latinório todo. O qual é: “Græcia capta ferum victorem cepit et artes / Intuit agresti Latio ”. Ou seja: “A Grécia dominada superou o seu feroz vencedor e introduziu as artes no agreste Lácio ”. Ora, quem diz Lácio, Catarina, diz (des)União Europeia. Porquê, Catarina?
5. Porque, Catarina, a boa-criação é adereço comportamental da arte do chá, arte a que os Gregos, miúda, nem sempre chamavam cicuta.
Edição de augusto mota
Foto: obtida na net ; aqui reproduzida com manipulação cromática: filtro Pixelate /Mezzotint
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