tenho medo do vento:
abre-me teu corpo -
quero ficar lá dentro
um pouco. tenho medo do mar:
deixa-me esconder
nas dunas de teus seios
até ele abrandar. tenho medo da noite
que agora principia:
encharca-me o rosto
na luz de teus olhos,
para que seja sempre dia. tenho medo de ter-te
só entre estes versos
e em mais lugar nenhum - tenho medo, meu amor,
de não ter amor algum. António Simões, inédito, 2003.
5 comentários:
Simplesmente muito bonito.
Aquele abraço ao Poeta!
Aquele abraço ao Poeta!
Mais uma pequena maravilha.
Obrigada, Senhor Poeta.
a gerência agradece.
um abraço.
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