Sonho. Não.
Velo? Venho do sonho...
Sinto a carícia leve, irreal, espraiada.
Dourada também.
Como as dunas do deserto afloradas pelo sol que desperta, glorioso.
Vem, inebrante de aroma de flores brancas.
Gardénias da minha juventude, nardos do meu casamento.
Perfumes estremecidos pela sensualidade das noites quentes do verão.
Agora é já azul, fresca.
Onda do mar sereno brincando na areia que desperta do luar do planilúnio.
Fecho os olhos com forte meiguice.
Não quero que a carícia se dilua.
Agarro-me a ela.
Pelas minhas mãos escoa-se apenas a areia.
Do deserto.
Da beira-mar.
A carícia habita a minha memória.
Para sempre viva. Fernanda Sal Monteiro, hoje, 21 de Fevereiro de 2006.
7 comentários:
um beijo por um dia e um momento muito especiais.
Gostaria de ver/ler no Palácio mais textos desta senhora. Fico à espera.
E obrigada, Maria Gabriela, por nos ires deliciando com outros e novos nomes.
Bem hajas!
Às vezes, minha amiga, as melhores recordações não são as que nos ficam da vida. Às vezes, é preferível sonhar... E o seu sonho, Fernanda é tão bonito. Não deixe nunca de sonhar. Nós, e eu, muito especialmente, preciso de encontrá-la, aqui, aos fins das tardes.
Hoje só pude chegar agora, mas reservo-me para este momento.
Boa noite, minha Amiga. Um beijo amigo. Marcamos encontro para amanhã, sim?
Sempre aqui estarei mesmo que não fale, Anamar. A sensibilidade da M.Gabriela quis acompanhar-me hoje de uma maneira muito especial; estamos irmanadas na memória e na saudade; doce, mas saudade.
Gostei de a ouvir a si, hoje !
Um grande abraço.
Eu sei. Às vezes sou eu que passo sem falar. A vida faz-nos partidas. Mas, amanhã é sempre um novo dia, não é verdade? Um abraço para as duas, Maria Gabriela e Fernanda - a ordem dos factores é arbitrária.
Um beijo, minha Amiga, se bem que um pouco atrasado.
O meu obrigada,ainda mais atrasado, mas muito sincero.
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