ardendo como papel, vibrando como lume
olha esta demora pelo corpo pelo cutelo
pala vibração do sangue pela tensão, estou mudo
olha a minha pele, a cor castanha, a veia negra, vermelha
olha este pulsar de mão, esta franca distensão, a veia azul
olha a minha pele nua, escura, tecendo como agulha
o risco, e nela o florescer do tempo neste instante
na corrente das horas permanece quente, dura
olha a minha pele, a carne, o lume que incendeia
continua aceso, agora o sangue alumia
e a nossa obsidiante teia irradia
a vibrante, a perfeita, a inconclusa teia.
olha a minha pele, olho a tua nela
no momento incandescente morremos
com a pulsão dos dentes mordemos
a luz comovente, aberta da janela
José Marto, inédito, 2006.
Fotografia e composição de Augusto Mota sobre poema de Maria Toscano.
5 comentários:
de carne!
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excelente. um prazer.
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«em» carne!
WoW!
bêjus!
a maior parte das vezes os meus companheiros de nau ,desde o Almirante ao simples grumete ( que sou eu )esquecem.se que no que respeita às suas ( deles )publicações ,eles é que deviam agradecer ,mas está quieto ó Zé!!!!!
acho que vou fazer uma revolta na Nau e ,de hoje para o futuro ,não agradeço o que não me diz respeito .pronto ,disse!
um beijo ,Isabel!
MT!!!!!
WoW, digo eu!!!!!!
bêjus para mecêa deste grumete ( ainda ) em serviço!!!!!
Todos os que me conhecem ou pelo menos parte, sabem que fico..., fico sem saber o que dizer ,o que fazer e olhe procuro a pessoa na blogoesfera e tento comunicar com ela apreciando o que faz. Foi o que fiz com a ISABEL que conheço por ter lido há muito tempo um livro dela, A Mais Loura de Lisboa e por ter gostado de uma entrevista que ela fez a Grande Escritora Maria Ondina Braga com quem me cruzava frequentemente na rua e de quem fugia para não lhe dizer quanto a apreciava. É claro que isto é...
Mas, a Isabel tem visitante assíduo e comentador ,lá está anónimo... A próxima vez Josè R.Marto. Juro... Á Isabel e à Maria obrigado e a si também ! Fez bem para a próxima não falho! Fico convosco com música e piano .
José Ribeiro Marto
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