essas outras palavras,
estas cansaram.
os actos que faltam,
esses serão
as palavras novas,
definitivas.
( os actos são
palavras vivas )
amor puseram algemas em minhas mãos
e elas ficaram nuas;
para apertarem as de todos os irmãos,
noutras minhas também , as tuas
esperança - 3 manhã sem sol,
manhã decretada manhã
pelos que a negam
e por nós que a afirmamos
manhã sem sol de sol escondido
nas raizes da noite que furamos
-e seremos tronco, flor e ramos
Poemas inéditos de António Simões,
Textos Transversais de Augusto Mota.
2 comentários:
José Ribeiro Marto diz:
Belas imagens e bons poemas que não não só reflectem a sabedoria de vida, como não a deslaçam da postura ética....
....eu não comento sempre, mas vou passando, e fica sempre algo a cogitar....
....Belo poema, este, e muitos outros de António Simões que nunca falha no seu labor de poeta exigente com a palavra parecendo-me, a mim, que esta nunca nasce depurada, mas nele desde que o leio já é a sua respiração
Abraço fraterno à embarcação
JRM
sim
«(os actos /
são palavras vivas)»
sim
colonizamos com a nossa tristeza a natureza
e não vai havendo palavras (actos?) que nos valham
Sempre um fascínio, ler-Vos!
GraTa, m
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