talvez um dia regresse
( reponso em anil )
na génese dum projecto
global
talvez
talvez um dia regresse
( encontro em Abril )
na fímbria dum poema
plural
...
...
hoje
regresso
( no sol do sul )
em apoteose
final
bato palmas
e
peço bis
.
.
.
gabriela rocha martins, in "A Poesia serve-se fria!"
11 comentários:
Imagens passadas pela retina
repousaram dentro do teu peito
e voaram
nos socalcos da ilusão.
Era Abril
e ( não? ) estavas
só.
Aqui.
Cansei de tentar o teu segredo
que se diluiu e se apagou
em gestos desenvoltos e casuais...
Senhores Poetas
passo
só para deixar
um abraço.
Do restolho tornado níveo manto,
cobriu-te a cinza os pés das árvores mortas,
ao trazeres POESIA no olhar...
Regresso de mansinho
sem palmas...
...os autores
debandaram!
Não peças bis...
bis
bis...
talvez um dia regresse na fimbria da poesia...
não sei se peço bis....?
será que sim, Anamar?
será que não?
...respostas para quê?
não dou.
( hoje, muito menos )
a reconstituição é longe e demorada...Manuel!
( valerá a pena?
tenho muitas dúvidas! )
fico-me, tão só, pelo olhar raso.
meus vôos são, agora, outros, Filipe.
onde as aves constroem ninhos de aventura
onde os sonhos se constroem sem ressentimentos
onde tudo ainda é possível
onde quero acreditar
onde o canto é a muitas vozes
( iguais )
aqui sou e resisto.
pede, bicho "querido", pede
teremos muitos bis
a dois
a três
a muitos compassos
iguais...
só assim...
a compassos iguais!
mas...
sem alarde.
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