Na solidão que o Outono abraça
As palavras perfilam-se diante de mim
Como esqueletos cegos de crenças
Iluminando apenas os olhos das feras há muito entregues
Ao ovo do tempo A terra é feita água
As mãos e as faces se empalidecem
E é esta a altura precisa do nascer,
O sol fundido na mão que é rosa só
O lado esquerdo imprevisto por onde o vento sopra O coração deitado literalmente na poça. Sandro William Junqueiro, inédito.
6 comentários:
Há um bocejo enfadonho no que escrevo;
e procuro
os acidentes de percurso
para fundamentar a vida.
Tenho ponderado muito nos últimos dias.
Ponderado, não.
Tenho existido conscientemente.
Assim é que é
tragicamente só!
eu sei quanto o meu amigo Manuel gosta de filosofar...tanto quanto o de versejar!
descobri-te a careca... no meio de uma farta cabeleira...!
será do feriado, Anamar?
hoje estás particularmente profunda nos teus comentários...
não adivinhas boa coisa...
muito obrigada, José!
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