10/08/2007

Soneto já Antigo

Olha, Daisy: quando eu morrer tu hás-de
dizer aos meus amigos aí de Londres,
embora não o sintas, que tu escondes
a grande dor da minha morte. Irás de
Londres pra Iorque, onde nasceste ( dizes ...
que eu nada que tu digas acredito ),
contar àquele pobre rapazito
que me deu tantas horas tão felizes,
Embora não o saibas, que morri...
mesmo ele, a quem julguei amar,
nada se importará... depois vai dar
a notícia a essa estranha Cecily
que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!

Soneto de Álvaro de Campos.
Composições de Augusto Mota sobre poemas de Maria Gomes e Maria Toscano.

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