Muitas crianças, particularmente as que vivem longe do campo, desconhecem de onde vem o arroz ou como ele se desenvolve. Especialmente a pensar nelas, em 2009, fizemos um vídeo didático no qual a " Cegonha Cici " explica O ciclo do cultivo do arroz.
De algum modo, este vídeo pretende ser também uma forma de preservar o património imaterial, particularmente das gentes da Borda do Campo, uma pequena freguesia situada a sul do concelho da Figueira da Foz, no Baixo Mondego.
Inês Pinto e Sílvio Gaspar
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Informação suplementar:
As torres que se vêem inicialmente no vídeo são das ruínas do Mosteiro de Seiça, onde, durante muitos anos, funcionou uma fábrica de descasque de arroz. Para mais informação sobre este Mosteiro consultar os endereços abaixo:
Também aparece no vídeo uma referência ao lagostim vermelho. Aqui se deixam dois endereços onde poderá obter informação completa sobre tal praga dos arrozais:
Há no endereço abaixo uma informação muito completa sobre a cegonha-branca:
De referir que também existem, ainda hoje, alguns, poucos, arrozais no Vale do Lis, mas que, nos anos 30 e 40, antes das obras de enxugo deste Vale, com os campos inundados durante meses, a orizicultura teve muita importância na economia desta zona, graças à iniciativa da família Carriço, de Seiça, para onde seguia o arroz para a fábrica de descasque. Aqui, em Ortigosa, só se procedia à debulha, com uma enorme máquina tocada a vapor e grandes correias transmissoras que accionavam complexos mecanismos. Recordações de infância!...
De notar que é referido o lagostim vermelho como um dos alimentos da cegonha-branca do Vale do Lis, pois ele também já invadiu, há muitos anos, as zonas húmidas, valas e colectores, chegando a entupir os chupadores das moto-bombas das estações elevatórias que abastecem de água as caleiras do complexo sistema hidráulico de rega dos Campos do Lis.
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