27/10/2011





Podes entrar; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas.

Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores,
são lúcidos ao início do sol.
Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços
a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana.


Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move,
entre mim e ti, e a claridade.


maria gomes, 27 de outubro, 2011


foto: augusto mota / centro de um Lírio-amarelo ( Hemerocallis flava )

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