«Sempre fomos um País construído sobre palavras sem sentido, vazias, como cascas de tremoço aboiadas, após o conteúdo ter sido mascado, para o chão dos velhos caminhos defronte das antigas tabernas ou botequins de uma Ilha que se sumiu. Assim, temos: Aveiro - a Veneza Portuguesa; Sintra - a Suiça Portuguesa; o Porto, a capital do trabalho; Coimbra - a Lusa Atenas ou Apenas; Covilhã - a Manchester portuguesa; Braga - a cidade dos Arcebispos; Guimarães - a cidade-berço... Nunca somos nós próprios, estamos sempre ao lado. Até a minha freguesia natal, Santa Luzia, também seguiu a moda da nomeação impostora e ficou a Sala(manca) do Concelho de São Paulo...»
in Cristóvão de Aguiar e Francisco de Aguiar, «CATARSE - Diálogo epistolar em forma de romance»,
edição Lápis de Memórias, Coimbra, Abril 2011, p. 224.
edição Lápis de Memórias, Coimbra, Abril 2011, p. 224.
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