06/10/2011

Prémio Nobel da Literatura 2011


Tomas Tanströmer, 80 anos, um dos poetas mais importantes da Suécia, lançou a sua primeira obra, "17 dikter" ("17 poemas"), em 1954. Estudou psicologia e poesia na Universidade de Estocolmo.

A sua obra foi traduzida para mais de 50 idiomas, e inclui títulos como "The great enigma: new collected poems", "The half-finished heaven", "For the living and the dead""Baltics""Windows and stones". É o poeta mais traduzido da Suécia.

O trabalho surrealista de Transtörmer sobre os mistérios da mente humana fizeram dele um dos escritores escandinavos mais importantes desde a 2ª Guerra Mundial. Em 1990, o escritor sofreu um derrame que o deixou parcialmente paralisado e sem conseguir falar. Mas continuou a escrever, tendo publicado um livro de poemas em 2004.
No livro «21 poetas suecos», publicado em 1981 pela editora Vega, uma obra organizada por Vasco Graça Moura e Ana Hatherly, surge o poema «Lisboa», onde o poeta sueco destaca elementos típicos das zonas históricas da capital portuguesa.

«No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões
Acenavam através das grades
Gritavam que lhes tirassem o retrato»

«"Mas aqui", disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio
"aqui estão políticos". Vi a fachada, a fachada, a fachada e lá no cimo um homem à janela
tinha um óculo e olhava para o mar»

«"Roupa branca no azul. Os muros quentes
As moscas liam cartas microscópicas
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa
"será verdade ou só um sonho meu?"»

Uma passagem pelo Funchal também inspirou Tomas Tranströmer, destacando o mar, a receita atlântica do peixe com tomate e a «língua estranha».

Nota: elementos recolhidos na Net.

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