15/10/2005

escrevi em surdina
versos loucos num poema

palavras
ausências

encontros
falências

perdi-o no lastro
esse poema só nosso

escrito
rasgado

perdido
guardado

meu amigo, meu amigo
agora que quero
achá-lo
mandá-lo

NÃO O DIGO

gabriela rocha martins, inédito, in"jamais canto de amor".

8 comentários:

Anónimo disse...

Não digas Não
porque o não é aquela palavra
que nunca deverá ser dita...

Anónimo disse...

Há uma tal melancolia neste poema que chega a magoar.
Porque tudo é dito de uma forma tão simples....mas tão enganadora!

Anónimo disse...

Há pequenas grandes coisas - como um poema - que me fazem levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente...neste momento...
beijinhos.

Anónimo disse...

Nos desencontros da vida perdemo-nos gritando NÃO. Mas como diz a Anamar, o NÃO só existe depois de o NUNCA MAIS nos desabar em cima ...Antes, é melhor não o nomear.
Belo grito de alma, amiga Gabriela !
Fernanda.

Anónimo disse...

desculpa, Anamar.
embora não seja muito fácil, porque dói, mas às vezes, é necessário dizer não e tu, melhor do que ninguém, sabe que assim é, não é verdade, minha amiga!

Não...cada vez gosto mais desta palavra...NÃO, repito!

Anónimo disse...

parece que é bruxa, Terezinha!
e, mais não digo.

Anónimo disse...

na cumplicidade...obrigada, Manelcito!

Anónimo disse...

desta vez, desculpe, Fernanda, mas não concordo convosco...nem consigo nem com a Anamar. em defesa de nós é necessário saber dizer Não. Se o não fizermos, corremos o risco de magoarmo-nos.
por isso, prefiro, com todo o risco inerente, dizer Não.