Em dedos recortados de zimbro
e de acanto,
as mãos, a sombra, a vivência.
O degelo nocturno
das águias que perseguem
o corpo, a fluidez,
o fulgor das pedras, o ardor
das mãos.
Em contornos vazios que
o silêncio acende.
No negrume da telha
corroída.
Entre folhas densas, lintéis
de bruma,
manchas de caliça.
Pórticos de reminiscência
e mistério.
De ruína e lassidão.Maria do Sameiro Barroso, in "Mnemósine".
4 comentários:
O espanto.
Uma Poeta que se afirma num poema cheio de um erotismo ora construtivo ( em si ) ora destrutivo ( no outro ).
Uma simbologia de beleza interior.
De ruína e solidão vou construindo um mundo onde os Poetas têm lugar cativo.
como o muito se pode dizer em meia dúzia de palavras. obrigada, Pedro Alascér!
muito obrigada, Isabel!
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