30/10/2005

Só Assim

Palavras não, agora -
Quaisquer que sejam, não as vou ouvir.
Quero que me fales de outro modo:
Afaga-me primeiro o rosto;
Deixa depois os teus dedos,
Silentes como a luz,
Percorrer-me o corpo devagar
Como quem soletra
As sílabas infinitas da ternura
Só assim sabe escutar-te
Meu coração.
António Simões, inédito.

8 comentários:

Anónimo disse...

E com que ternura volto a encontrá-lo num palácio de palavras sabendo a mosto.
É Alentejo. É terra. É mãe. Somos nós mulheres e homens deste desencantado País cantado.

Anónimo disse...

Quem não aspira a esse afago?
Quem foje em consenti-lo?

( como diz a Teresa é o Alentejo que canta em si, António Simões. E como na sua boca é belo! )

Anónimo disse...

É o fogo alentejano que queima estes versos, Anamar!

Anónimo disse...

Já repararam, todos vós, no erotismo deste belo poema de António Simões?

Anónimo disse...

Sensualidade terna e doce que constrói os afectos que dão sentido à vida.

Fernanda.

Anónimo disse...

e todos vós sois lindos! obrigada, em nome da Poesia, meus Amigos.

Anónimo disse...

Aquecem-me o coração as vozas palavras e é emocionado que vos agradeço. Nós todos somos UM, meus amigos, meus irmãos de caminhada.
É aí que meu moro, caminhando ao vosso lado.
Um grande abraço do
António Simões

Anónimo disse...

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