Vou encher este soneto de água,
( quando estiver cheio é uma piscina ),
depois, vou ver de minha alma e trago-a,
pra banhar-se na água que imagina. Entramos de mão dada, depois largo-a,
( contra o que o bom senso determina! ),
e deixo-a diluir angústia e mágoa
pra que volte à leveza de menina. Na água de si mesma, que é só alma,
nessa frescura antiga ela se acalma -
e ao vê-la assim tão feliz, prometo que a partir de agora, hei-de manter,
para recreio da alma e seu prazer,
sempre cheio de água este soneto. António Simões, inédito, 2004.
6 comentários:
Tão doce, tão belo, tão profundo este soneto.
Lindo!
1 bj
Doce é muito pouco o que este poema contém...é de mestre, mestre António!
É comovente a beleza destes versos
Ao da Teresa acrescento outro ( beijo ).
Jamais me cansarei de aqui vir e deixar um abraço ao POETA António Simões!
Tão refrescante. Tanto António Simões!
Keep up the good work » » »
Enviar um comentário