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Ó Alentejo dos pobres,
reino da salvação,
não sirvas quem te despreza,
é tua a tua nação. Não vás a terras alheias
lançar sementes de morte.
É na terra do teu pão
que se joga a tua sorte. Terra sangrenta de Serpa,
terra morena de Moura,
vilas de angústia em botão,
doce raiva em Baleizão. Ó margem esquerda do Verão
mais quente de Portugal,
margem esquerda deste amor
feito de fome e de sal. A foice dos teus ceifeiros
trago no peito gravada,
ó minha terra morena
como bandeira sonhada. Terra sangrenta de Serpa,
mais quente de Portugal,
margem esquerda deste amor
feito de fome e de sal. A foice dos teus ceifeiros
trago no peito gravada,
ó minha terra morena
como bandeira sonhada. Terra sangrenta de Serpa,
terra morena de Moura,
vilas de angústia em botão,
doce raiva em Baleizão. Urbano Tavares Rodrigues, ( cantado por Adriano Correia de Oliveira, in "Margem Sul", Orfeu, 1967. "Obra Completa", Movieplay, 1994 )
Composições de Augusto Mota sobre poemas de António Simões.
Composições de Augusto Mota sobre poemas de António Simões.
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