26/06/2007

Marés

Vêm as marés de água indefinida,
vê-se a chegada a borbulhar
só a areia estremece
quando frágeis no mundo
compreendemos o que vêm trazer,
o que querem levar.
Nossos passos só se desfazem
para cá e para lá,
olhamos para o longe
nossa fragilidade a palpitar.
Soletramos água,
soletramos sol
e deixamos a tábua no mar.


José Ribeiro Marto, inédito, in "A celebração dos dias".
Textos transversais de Augusto Mota.



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