abre um sulco;
assim é a palavra:
rasga como um sabre,
mas é ela própria semente
em tudo o que lavra -
Abre-lhe teu coração
confiadamente,
deixa que ela se aninhe
lá dentro,
e cresça e fermente,
e te intumesça o sonho -
Deixa que a palavra seja,
ao mesmo tempo,
o arado,
a semente e a seara:
para cresceres
em direcção à luz,
não precisas
de mais nada.
António Simões, in "Diário de Lisboa" ( ligeiramente modificado ), 1.2.1981
Composições de Augusto Mota sobre poemas de Anamar e Carlos Alberto Silva
1 comentário:
já os tinha visto, a estes fotopoemas, mas voltei
e não resisto: belossssssssssssssssssss
cidades invisíveis... expressão que me lembra do (cubano, creio) Italo Calvino...
bjssss
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