22/02/2013

Sonetos da Tasmânia


príncipe sou, mas não dos poetas

 
 
 
 
príncipe sou, mas não dos poetas,
cujo perfume  outrora  enchia, balsâmico,
as folheadas páginas das selectas;
sei do poder do ácido clavulânico,
 
que cura patologias nas doses certas;
pra  enfrentar  o  poder, prescrevo o dinâmico,
decidido afã  das mentes mais despertas
que revigorem o povo perdido de pânico;
 
príncipe sou, meu reino é o soneto,
este meu refúgio donde vos prometo
luta sem tréguas, quiçá aliterante…
 
homem de paz, uso o gládio da palavra,
e o meu estro,  meu protesto lavra,
pra que em versos  ardentes o cante.
 
 A. Inocêncio Príncipe
 
foto: augusto mota 


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