príncipe sou, mas não dos poetas
príncipe sou, mas não dos poetas,
cujo perfume
outrora enchia, balsâmico,
as folheadas páginas das selectas;
sei do poder do ácido clavulânico,
que cura patologias nas doses certas;
pra enfrentar o poder, prescrevo o dinâmico,
decidido afã das mentes
mais despertas
que revigorem o povo perdido de pânico;
príncipe sou, meu reino é o soneto,
este meu refúgio donde vos prometo
luta sem tréguas, quiçá aliterante…
homem de paz, uso o gládio da palavra,
e o meu estro, meu
protesto lavra,
pra que em versos ardentes
o cante.
A. Inocêncio Príncipe
foto: augusto mota
Sem comentários:
Enviar um comentário