21/12/2013

Lançamento de livro 1






No dia 11 deste mês de Dezembro teve lugar em Lisboa, numa sala do Palácio da Independência, o lançamento do romance de Teresa Fernandes «Exercícios de Amor e Apartar», editado pela DG Edições. A apresentação esteve a cargo de Fernando Dacosta, que também é o autor do prefácio. É um romance de exercícios de amores e desamores urbanos, típico da vida sôfrega e vertiginosa de uma grande metrópole, onde tudo parece acontecer por acaso. Mas é um acaso provocado ao ritmo do pulsar das sensações que percorrem as artérias de todas as personagens, femininas e masculinas, lhes define os sentimentos e faz fluir a acção de um modo natural. «Invulgar fluidez» intitula, com razão, Fernando Dacosta o seu texto introdutório, que, com a devida vénia, passamos a transcrever, para melhor dar a conhecer a técnica narrativa de Teresa Fernandes:

Teresa Fernandes é uma escritora que agora nos surge com um romance singular, expressivamente intitulado Exercícios de Amor e Apartar. Nele, a autora encontra, e impõe, caminhos próprios, tendo na sensibilidade, na criatividade balizas inamovíveis. A realidade que lhe coube partilhar e a imaginação que lhe coube dilatar, foi-as escrevendo, ardendo nas margens da imprevisibilidade.

Com minúcia e exigência, Teresa Fernandes torna-se referência no território literário que abriu. Dotada de capacidades de observação invulgares, que a inteligência, a vivência decantaram, afirma um espaço próprio para si e para a sua (futura) obra.

Discreta, secreta, desdobrou, dobou íntimas reflexões de íntimas vidas que fingiu desocultar para melhor ocultar.

O que faz grandes livros, dizia-me Jorge de Sena (gigante no fazê-los), é a respiração, a atmosfera que lhe inculca o autor.

Teresa Fernandes surpreende-nos precisamente pela respiração, pela atmosfera que impregna esta sua obra – cumpliciada a quente. Tudo nela é rítmico, harmonioso, envolvente; os frios que a perpassam diluem-se sem agressões nem rupturas; as inquietações avistadas dissolvem-se, as lonjuras esbatem-se. Muita vida há nestas páginas de invulgar fluidez e fundura transmitidas com a serenidade dos que dominam as crispações sofridas.”



 Fernando Dacosta, Teresa Fernandes e Daniel Gouveia, o editor



foto: Ana Ramon, a quem agradeço o exemplar oferecido, autografado pela autora.

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