22/10/2005

afago o aparo
afago o amparo
e escrevo
aqueço o cigarro
acendo o desejo
e escrevo
defendo as palavras
defendo-as e lavro-as
amanso o cedo:
não há borrão como a demora.
da voz se escapa a dor magoada.
só do simples
repõe-se a paz.
maria toscano, inédito, in "O Sinal Anunciado do Nascimento".

7 comentários:

Anónimo disse...

Sinto o transcendente corpo e a matéria deste poema em mim...e gosto, Maria, de te encontrar aqui.

Anónimo disse...

Quedai-vos
que o magno e total ser é possuido
ao adormecer numa ilusão feliz
neste poema guardado pelos sentidos.

Anónimo disse...

Desterro que não sei porque decretaste
ou
fascínio
de sentir este teu voo
cantado
ao meu ouvido

Anónimo disse...

ao escrever, transcendes o corpo e a matéria.

Anónimo disse...

Intimista!

Anónimo disse...

Só posso dizer que gosto muito desta poesia de poeta que eu não conhecia.
Fernanda.

Anónimo disse...

This is very interesting site... » » »