As árvores crescem ouço-as respirar
quando o crepúsculo
desce
no estremecimento sem fim
dos primeiros pássaros depois é o sono
a pedra nocturna
dos anjos essa vaga caligrafia
dos sinos submersos
sob as pálpebras percursos tão vários
do esquecimento Luís Serrano, in "Nas Colinas do Esquecimento", 2004.
6 comentários:
E mais uma vez recordo dias que em mim deixaram lágrimas de outros dias...
Sou do sul, de um sítio onde a POESIA ainda se escreve com maiúsculas.
Impossível esquecer uma tarde, algures a sul, onde a Poesia se tornou mulher. Ouviu-se o Poeta cantar.
Cantos de casa e morte.
deixe as lágrimas correr...são testemunhos de momentos bem vividos...
SER POESIA, eis o nosso lema...
obrigada, Filipe, bom amigo!, pelas lembranças de outros dias.
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