08/10/2005

As Árvores Crescem

As árvores crescem
ouço-as respirar
quando o crepúsculo
desce
no estremecimento sem fim
dos primeiros pássaros
depois é o sono
a pedra nocturna
dos anjos
essa vaga caligrafia
dos sinos submersos
sob as pálpebras
percursos tão vários
do esquecimento
Luís Serrano, in "Nas Colinas do Esquecimento", 2004.

6 comentários:

Anónimo disse...

E mais uma vez recordo dias que em mim deixaram lágrimas de outros dias...

Anónimo disse...

Sou do sul, de um sítio onde a POESIA ainda se escreve com maiúsculas.

Anónimo disse...

Impossível esquecer uma tarde, algures a sul, onde a Poesia se tornou mulher. Ouviu-se o Poeta cantar.
Cantos de casa e morte.

Anónimo disse...

deixe as lágrimas correr...são testemunhos de momentos bem vividos...

Anónimo disse...

SER POESIA, eis o nosso lema...

Anónimo disse...

obrigada, Filipe, bom amigo!, pelas lembranças de outros dias.