pé ante pé,
pedra ante pedra,
palavra ante palavra,
minha alma percorre perplexa
o pântano desta página,
enquanto tece a teia do poema
e traça o caminho
da ( incessante ) viagem,
fingindo não saber
que fica no infinito a outra margem. António Simões, inéditos, "Seis poemas com pedras dentro", in JL, 2000.
5 comentários:
Este poema
qual ara votiva
me envolve e encanta...
A António Simões, o abraço e o canto,
da outra margem.
Trazes nos dedos de poeta ecos cálidos,
rumores da noite,
das tardes e dos dias para lá dos dias...
e António Simões,
sei-o,
se aqui estivesse, dir-vos-ia
grato.
não está ele.
estou eu
que como vós limito-me a acrescentar um nome...
o meu.
... e o poema inscreve-se, vencendo o pântano da página, na firme pedra que o espera na margem de lá ...
PASSION - PAIXÃO ...
pela poesia de António Simões.
Fernanda.
bravo!bravíssimo!
perfeitamente entendida a ligação entre as margens lidas ou visualizadas do poema... e é assim que vamos construindo este blogue.
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