25/10/2005

Pedra Ante Pedra

pé ante pé,
pedra ante pedra,
palavra ante palavra,
minha alma percorre perplexa
o pântano desta página,
enquanto tece a teia do poema
e traça o caminho
da ( incessante ) viagem,
fingindo não saber
que fica no infinito a outra margem.
António Simões, inéditos, "Seis poemas com pedras dentro", in JL, 2000.

5 comentários:

Anónimo disse...

Este poema
qual ara votiva
me envolve e encanta...

A António Simões, o abraço e o canto,

da outra margem.

Anónimo disse...

Trazes nos dedos de poeta ecos cálidos,
rumores da noite,
das tardes e dos dias para lá dos dias...

Anónimo disse...

e António Simões,
sei-o,
se aqui estivesse, dir-vos-ia
grato.
não está ele.
estou eu
que como vós limito-me a acrescentar um nome...

o meu.

Anónimo disse...

... e o poema inscreve-se, vencendo o pântano da página, na firme pedra que o espera na margem de lá ...
PASSION - PAIXÃO ...
pela poesia de António Simões.
Fernanda.

Anónimo disse...

bravo!bravíssimo!
perfeitamente entendida a ligação entre as margens lidas ou visualizadas do poema... e é assim que vamos construindo este blogue.