07/10/2005

Que as lágrimas levantem vôo

agora
sou um cisne
os meus lagos são jardins do Nada
há pássaros infinitos à revelia e
cultivo laranjas em varandas
de fogo
secretos vasos
desço então pelas suas asas
alvas asas de lágrimas
de neve
e
ouro
bebes então do excelso Fogo
eu nada mais faço
que as lágrimas levantem voo
da tua
infinita
face
Maria Azenha, in "Nossa Senhora de Burka"

4 comentários:

Anónimo disse...

Nas lágrimas escondes o sonho de uma POESIA quase completa.
Maria Azenha, é muito bom revisitar-te em versos.
Um saudoso abraço de um Abril ao sul.

Anónimo disse...

Regresso num mar de palavras feitas poema a um momento nosso.
Era Abril. Em Silves ouvia-se POESIA.

Anónimo disse...

fazia-se POESIA!

Anónimo disse...

Very nice site!
» »