23/10/2005

tomei a polpa dos teus sentidos
guardei as mãos desassossegadas.
pousei-me em repouso
sem remorso
( calça tamancos, disse-o Ritzos )
de mil incensos te resguardarei.
serei
sou teu resguardo.

domarei

a exacta meia tarde

de astros inquieta.
na certeza ardo.
repouso no intacto que te invade,
amor,
te sou / não te tardo.
maria toscano, inédito, in "O Sinal Anunciado do Nascimento".

7 comentários:

Anónimo disse...

E assim mui docemente se vai esgotando a poesia...

Anónimo disse...

Gosto deste poema.
Gosto de amores tardios.
Gosto quando és poeta, Maria Toscano!

Anónimo disse...

Os versos, o poema, o estendal das emoções sinceras, genuínas, são o melhor que a vida sempre dá.

Anónimo disse...

Desdobro um par de asas
mais macias
e
quem dera retratar o universo inteiro do lirismo
na forma realista mais completa.

Anónimo disse...

agora, querido Manuel, não estou de acordo contigo.
acho que a poesia nunca se esgota...mal de nós!

Anónimo disse...

tmbém nós, amigos, gostamos de maria toscano. razão porque a convidámos. razão porque está e estará presente no "palácio"...

... ou não fora ela também uma "discípula" de Natália Correia.

Anónimo disse...

lindo, António!