guardei as mãos desassossegadas.
pousei-me em repouso
sem remorso
( calça tamancos, disse-o Ritzos )
de mil incensos te resguardarei.
serei
sou teu resguardo.
domarei
a exacta meia tarde
de astros inquieta.
na certeza ardo.
repouso no intacto que te invade,
amor,
te sou / não te tardo.
maria toscano, inédito, in "O Sinal Anunciado do Nascimento".
7 comentários:
E assim mui docemente se vai esgotando a poesia...
Gosto deste poema.
Gosto de amores tardios.
Gosto quando és poeta, Maria Toscano!
Os versos, o poema, o estendal das emoções sinceras, genuínas, são o melhor que a vida sempre dá.
Desdobro um par de asas
mais macias
e
quem dera retratar o universo inteiro do lirismo
na forma realista mais completa.
agora, querido Manuel, não estou de acordo contigo.
acho que a poesia nunca se esgota...mal de nós!
tmbém nós, amigos, gostamos de maria toscano. razão porque a convidámos. razão porque está e estará presente no "palácio"...
... ou não fora ela também uma "discípula" de Natália Correia.
lindo, António!
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