2. m. gomes da torre
pelos novos poetas
convidados ...
fotografia de Augusto Mota
2. m. gomes da torre
pelos novos poetas
convidados ...
fotografia de Augusto Mota
enviou.lhes esta imagem cactónica
...
... Gustave Flaubert
( Rouen 1821 - Croisset, próximo de Rouen, 1880 )
Escritor francês. A vida de Gustave Flaubert é a de um artista completamente dedicado a aperfeiçoar a sua arte. Filho de um cirurgião, sendo criança, em 1836, conhece Elise Foucault, objecto da grande e incompleta paixão da sua vida que lhe inspira "A Educação Sentimental". Em 1840 transfere-se para Paris para estudar Direito, mas descuida os estudos para viver no mundo das Letras. Pouco depois, por causa de uma grave doença nervosa, regressa a Rouen. Quando da morta do pai, instala-se com a mãe e a sobrinha na casa de campo de Croisset. Nela vive o resto da sua vida, exceptuando as viagens e as temporadas em Paris. em 1846 conhece a escritora Louise Colet, com quem manteve uma abundante correspondência até 1855. Em 1849-51, viaja pela Grécia, Itália e Médio Oriente. Em 1857 o seu romance "Madame Bovary" leva-o aos tribunais, acusado de ofensa à moral e à religião. Em 1875, para salvar da falência o marido da sobrinha, vende todas as suas propriedades e tem de aceitar uma modesta pensão do Estado.
Flaubert leva à perfeição o romance realista e consegue a mais completa harmonia entre a arte e a realidade. Para ele, a verdade e a beleza estão unidas; por isso põe tanto cuidado na sintaxe e na escolha do vocabulário e concede tanta importância à estrutura. Na sua obra literária, não muito extensa, Flaubert aspira à criação de um conjunto harmónico, à elaboração de toda uma trama simbólica que une os diferentes personagens. A sensibilidade de Flaubert chega a cair no sentimentalismo e, nesses momentos, entrega-se ao deísmo e a vagos sentimentos rousseaunianos envoltos em oratória; mas quando se recupera destes desvios, a obra de Flaubert, trabalhada com uma ânsia de perfeição e um esforço quase dolorosos, é uma maravilha de harmonia e realidade.
Os romances e contos de Flaubert oferecem um panorama de realismo em diversos campos. "Madame Bovary" e "Bouvard et Pécuchet" movem-se no campo do realismo burguês. "Salammbô" no do realismo histórico. Os "Três Contos" caracterizam-se pelo seu realismo imaginativo e romântico e "A Educação Sentimental" mostra um amplo realismo vital.
Algumas citações suas:
Luxurioso é seu corpo, o seu júbilo, a sua forma, o seu perfume,
"Quando eu me for...",
não é bem assim:
morte é o amor
que volta para mim.
Mas enquanto habito
até sempre ,Mário!
Todos por Um
A manhã está tão triste
que os poetas românticos de Lisboa
morreram todos com certeza
Santos
Mártires
e Heróis
Que mau tempo estará a fazer no Porto?
Manhã triste, pela certa.
Oxalá que os poetas românticos do Porto
sejam compreensivos a pontos de deixarem
uma nesgazinha de cemitério florido
que é para os poetas românticos de Lisboa não terem de recorrer à vala comum.
Mário Cesariny , in ,"Homenagem a Mário Cesariny" ,triplov, 2005.
onde o universo é uma metonímia de figuras azuis.
António Simões não lhe fica atrás
Gabriela Rocha Martins segue o desafio
e a Fernanda Sal Monteiro finaliza.o
( asseguro.vos que tentei introduzir os fotopoemas pela sua ordem natural ,só que o blogger publicou.os como muito bem entendeu .desculpem a arbitrariedade do post ... nem sempre os autores decidem ... )
e, ... sabem quem foi o autor do desafio e da fotografia?
claro ,só podia! Augusto Mota ,o jardineiro/filósofo.
Antes que sobre ele inicie sua descida,
a ela, que vem ainda cheia de energia da viagem,
vou desviá-la, para que me leve
para o outro lado da folha -
e, levando-me em seus braços,
desça, sem rumor,
sobre a nudez da nova página,
e me deixe ficar para sempre
no poema que nunca escreverei
António Simões escreveu
Augusto Mota fotografou e compôs
Da mais alta janela da minha casa
com um lenço branco digo adeus
aos meus versos que partem para a humanidade.
E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
porque não posso fazer o contrário
como a flor não pode esconder a cor,
nem o rio esconder que corre,
nem a árvore esconder que dá fruto.
Ei-los que vão já longe como que na diligência
e eu sem querer sinto pena
como uma dor no corpo.
Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?
Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
quase alegre como quem se cansa de estar triste.
Ide, ide, de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.
Passo e fico, como o Universo.
de 1919 ,nasceu no Porto
Sophia de Mello Breyner Andersen
Augusto Mota compôs
Gabriela Rocha Martins escreveu
o teu passado -distância
o meu presente -futuro
o jardim
o sol
o muro
o mar
hoje regressas
Olympia
ao teu lugar
( homenagem a Sophia de Mello Breyner Andersen ,Julho de 2004 )A celle qu'on voit apparaître
A la compagne de voyage
A celles qui sont déjà prises
Chères images aperçues
Mais si l'on a manqué sa vie
Alors, aux soirs de lassitude