05/01/2008
entregas
a minha irmã Vinhas receber notícias ao portal,
era a hora do meio dia
em que a sirene dos bombeiros,
gritava a ferida da manhã
e da tarde a dividia.
O correio já não era a loja
não vinham as cartas
fechadas na saquinha do pão,
em que se juntava grão e tinta
alimento e ilusão.
Agora o carteiro chegava,
ouvia-se da moto o motor,
vinha do longe a rigor,
caprichando na entrega
na refrega do calor.
Depunha nas tuas mãos a carta
que antes era letra era pão
agora era uma borboleta
de asas brancas linha preta,
bem desenhada e aberta
a pousar na tua mão.
Abria-la quando ele desaparecia
deixando-te ao sol
abraçada a quase nada,
só a solidão da espera
sempre àquela hora do dia
em que teus passos
em direcção a casa, linha a linha
tu lias, como corriam os dias
como corriam as cartas
como se ajustavam as horas
como se cumpriam as datas.
Era à tarde que cantavas
as tuas sãs alegrias
só quando te calavas
havia dúvida em ti, se merecias
essas cartas, essas dádivas.
Poema de José Marto, inédito, in "A Celebração dos Dias", 1993
Textos Transversais de Augusto Mota.
por
António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins
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5 comentários:
bom....ando literalmente de cabeça à roda...
Gab...
diz.me que és tu...
tem pena de mim...
nem já sei como aqui vim parar...
____________________mas claro que estou deliciada....beijos.
Poema de José Marto????
e lá estou eu de novo às voltas e re.voltas...
vou preguejar:
raios e coriscos!
beijos.
____________________.
alguém me ajuda?
_________________:)
ei ,ei ,ei!!!!!!
calma ,miúda ,nada de sufoco
porque ,às vezes ,criar um pouco de suspense faz muito bem
pois é ,I=Y!
passaste a paliçada e bateste a certas portadas - o Palácio - de palácio só tem o nome
aliás
já virou nau - porque entre o Almirantado ,sobranceiro ,e os Imediatos e grumete ( o je ) fartos de prometerem revoltas ,vai uma diferença abismal -
e não tarda a virar
jangada
ou
prancha de surf
porque não?
.
.
vasta é a sua tripulação
que passo a enumerar:
Almirantado -
Augusto Mota - poeta jardineiro ( e mais não digo para não provocar os deuses )
António Simões - poeta
Imediatos -
Glória Maria Marreiros - poeta ,escritora e muito mais...
Maria Eugénia Cunhal - poeta e muito mais...
Maria do Sameiro Barroso - poeta e muito mais...
Fernanda Sal Monteiro - poeta e muito mais...
José Marto - poeta e muito mais...
Grumete -
esta que se assassina
vulgus o je
.
.
satisfeita?
.
um beijo ,minha querida!
a propósito!
adivinhaste quem é o je?
tradução literal - gabriela rocha martins
.
.
agora sim
.
um beijo
prontoSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!
mereci!
vou-me...:((((
"amuei"
porque serei tão lerdinha?
buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....snif snif snif.
e mais não digo...
ah pois....
abracinhos.
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