01/01/2008

esperança

1.
noite funda, amor,
absurda e louca noite longa
em que ninguém adormece.
tua mão na minha - uma flor!
( a esperança que o amor prolonga )
- e de repente amanhece!


2.
lenta, a voz negra te sufoca
mas teu canto claro permanece

lenta, a noite sobe em teus dedos
e o teu canto é o dia que acontece.


Poemas de António Simões, 1964
Fotografias e composições de Augusto Mota sobre poemas de carlos Alberto Silva, António Simões e Gabriela R. Martins.




4 comentários:

Anónimo disse...

Um ano começa com boa poesia, e boas imagens sob cores ...

vou reler .... um abraço de bom ano à embarcação.... J Ribeiro Marto

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

e espero que não imite o Almirantado quanto à assistência à nau ... ou isto muda logo no princípio de 2008 ,ou há um que abandona a nau no primeiro porto( o grumete ,claro! )


um abração ,Sr Imediato!

Anónimo disse...

O grumete anda irritadiço ? Calma que ainda enjoa !!!
Não quero revoltas na Nau !

Ora, nos intervalos do polimento dos amarelos, vá lá escrevendo, cabelo ao vento, sentado no cordame, virado a sul ... sempre rumo ao sul - uns versos belos para os pasageiros lerem !

Beijos ao grumete !

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

ó menina Fernandinha!

o grumete não anda irritadiço .quanto muito enjoado com as turbulências marítimas ,mas nada como uma boa aportagem ... caldinhos de galinha e algum descanço para retempero de "almas"

eheheheheheeh

entretanto,
o grumete agradece e retribui os beijos