01/11/2007

....................pai

quero.me na criança que atravessa
o quarto desenhado a preto e
branco e
onde guardo os abraços firmes
de meu pai

tenho.o na imagem que revejo e
nos barcos que deixam
sós
o cais

são como eu feitos
de gritos
e de silêncios
vagos

revejo.me na criança que brinca
à cabra cega e ao arco e
sinto.a tão próxima de mim
que tenho medo de perdê.la
ao acordar

há um ritmo em cada estação de vida
e a paragem mais próxima
do teu nome

pai

é o verbo a conjugar

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ainda digo mãe
mas pai já não
quando o digo
é um sussurro
estranho quase mudo
espero um pouco
tenho uma festa no cabelo -
como se da vida inteira
nesse instante tivesse tudo

1ºtexto - gabriela r martins ,inédito ,"canto.chão"
2º texto - josé r marto ,inédito
edição - gabriela r martins.

2 comentários:

Anónimo disse...

Partilhando um sentimento!

Ainda

ainda digo mãe
mas pai já não
quando o digo
um é um sussurro
estranho quase mudo
espero um pouco
tenho uma festa no cabelo--
como se da vida inteira
nesse instante tivesse tudo
JOSÉ RIBEIRO MARTO
um abraço para toda a embarcação.

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

... e a tripulação agradece e passa a bola .ehehehehehehehe


um beijo!