29/09/2005

.

era um minúsculo ponto preto
na parede caiada;

era meu irmão insecto
que de mim não sabia;

era minha alma cheia de alegria
porque nele reparava:

era a tarde suspensa, deslumbrada,
a ver o que dali saía;

era meu velho, solitário coração
que finalmente encontrava companhia.
António Simões, inédito, in "poemas com insectos dentro".

5 comentários:

Anónimo disse...

Como goataria de ser um insecto em tuas mãos, Poeta!

Sonhar além do sonho, uma melodia de poetar...

Anónimo disse...

Ficar é pois partir, restando
da antiga segurança a incerteza.

Que os olhos de um Poeta, inquietos, onde se projectam, choram.

Anónimo disse...

Ó alma lusitana, portuguesa
Que ao disperso tomaste grã comando

Modos de ver o mundo em desalinho!

Anónimo disse...

pois é menina Anamar...a sua pressa dá asneira. já viu como escreveu "gostaria" ? e depois fala dos alunos...ai, ai!

de qualquer modo, bjs...montes!

Anónimo disse...

obrigada, António e Manuel.
pelo Autor, bem hajam!