19/05/2005

porque tinjo as cores do arco íris

Pensei, porque o nome o justifica, indiciar neste meu blogue - Palácio das Varandas / Al-Xaradjibe - os poetas arábico/trovadorescos.
Cedo desisti da ideia.
Primeiro,
por admiração ao meu amigo António Baeta Oliveira, autor do blogal & logal. Ele, sim, verdadeiro amante da nossa poesia luso(?)- árabe.
Segundo,
por esgotamento, não por enjeite. Tal persistente fixação obrigar-me-ia a recolher ao passado, híbrido, fantasiado na sombra de um secular destino de representações que, por simbólico, dificultar-me-ia uma intervenção coerente.
Equívoco de uma perene e muralhada fruição simbólica.
Destarte, eis-me sem "...idade".
Porquê? Porque opto pelo ser/devir. Porque, como cada um, tenho o instinto inacto da independência, e, o meu "caminho" será o de dizer o indizível na incitação do poeta.
(António, meu Amigo, para ti os Árabes.
Para mim, os Luso )
Com eles forjarei ( para eles e sobre eles ) teias de cumplicidade.
Pincelarei, como a Estela Guedes porfiou, o verde de António Ramos Rosa.
Oporei, como Ramos Rosa epistolou, o vermelho ao Manuel Madeira.
Brincarei com o dourado do Sandro William Junqueira.
Apagarei o cinzento da Glória Maria Marreiros.
Cantarei o negro de José Régio.
Revisitarei Legendas Íntimas,
incitando, à dúplice arte, Augusto Mota,
e,
com os demais tingirei o arco-íris.
gabriela rocha martins

3 comentários:

Anónimo disse...

Cada um procura, na sua caminhada, os amigos que quiser.
Eis-me de volta mais uma vez.
E voltarei

Anónimo disse...

Dia sim dia não regresso, porque
os teus textos são um convite a um comentário.
Continua. Porque eu voltarei.

Anónimo disse...

Bué da fixe, minha!